Quem nunca presenciou a clássica cena do filho que resiste à comida,
que torce o nariz para legumes e verduras, e que faz birra na hora das
refeições? Essa é uma questão que preocupa muito pais. Como fazer para que meu
filho se alimente bem? Criança cheinha é sinal de saúde? Como ter equilíbrio?
Segundo pesquisas
recentes do ENFAC (Estudo Nacional de Fortificação Complementar), realizado
pelo Ministério da Saúde em parceria com a USP (Universidade de São Paulo), só
no Brasil, estima-se que 20% das crianças menores de cinco anos apresentam
anemia, sendo maior a incidência em crianças menores de dois.
A
dificuldade na absorção de nutrientes e a baixa oferta de vitaminas compromete
o crescimento infantil, desenvolvimento intelectual e em casos mais extremos
pode levar a morte. Portanto papais e mamães, fiquem atentos a qualquer distúrbio alimentar
apresentado pelo seus filhos, seja a falta de apetite, ou até mesmo o
contrário, a gula.
O excesso
É preciso
desmistificar a ideia de que uma criança bem nutrida é aquela fofinha, acima do
peso, mas tanto a magreza quanto o sobrepeso são sinais de alerta à
desnutrição, afinal, quantidade não significa qualidade.
O
excesso de alimentos processados, fast
food e abuso do sal e do açúcar, faz com que a recusa por alimentos
saudáveis e naturais seja ainda maior. A realidade atual é que poucos pais não
tem consciência dos valores nutricionais dos alimentos que seus filhos ingerem
no dia a dia.
Por
mais que o cenário mais comum da desnutrição ocorra em ambientes de pobreza,
com baixa oferta de alimentos, esta complicação não é exclusividade dos menos
favorecidos. Algumas crianças também podem apresentar fatores patológicos para
a dificuldade de absorção de nutrientes, ou até mesmo restrições alimentares
devido alergias podem fazer com que a criança deixe de consumir importantes
vitaminas.
Falta de apetite, por quê?
Desinteresse pelo alimento
Exercite a criatividade. Vale a pena apostar em desenhos em quadrinhos,
músicas, quebra-cabeças e outras brincadeiras que envolvam a temática da
alimentação.
Mas, lembre-se: o objetivo é aumentar o interesse pela alimentação
e não barganhar ou convencer a criança a comer, já que isso deve acontecer de
forma natural e prazerosa. Além disso, como sempre incentivamos aqui no blog, se
for possível, convide seu filho para ajudar no preparo das refeições.
Sem sabor
Quando a criança começa a se alimentar, o sabor mais aceitável para ela
é o adocicado, que lembra o leite materno. Por isso, ao introduzir a comida
salgada na alimentação, misture, de vez em quando, pedaços de banana às
papinhas. Invista em diferentes formas de preparo, vegetais assados, por
exemplo, costumam agradar mais facilmente do que os crus.
Comida fora de hora
Pense bem: se fazer as crianças encararem um novo alimento já é um
desafio quando estão com fome, imagine se o seu apetite estiver comprometido
por terem beliscado fora de hora? Por essa razão, é desaconselhável liberar
guloseimas, alimentos gordurosos e ricos em glicose nos intervalos entre as
refeições, pois reduzem a fome, que deveria ser reservada aos pratos principais.
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