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A Profª Antonia ressalta o valor da leitura nos anos escolares |
A maioria dos amantes da leitura afirmam que ela permite sonhar, enfrentar medos, vencer angústias, desenvolver a imaginação, viver outras vidas, conhecer outras civilizações, abrir os olhos e a mente para outras culturas, sociedades e realidades.
Mas, em geral, pesquisas invariavelmente apontam que crianças e jovens brasileiros ainda não leem o bastante. Segundo a 5.ª Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, coordenada pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural e feita pelo Ibope, realizada com 8.076 pessoas, em 208 municípios, entre outubro de 2019 e janeiro de 2020, 48% dos brasileiros não leem. Um número expressivo!
Mas,
como as escolas podem trabalhar o valor da leitura com suas crianças e jovens?
Qual a importância desse hábito nos anos escolares? Segundo a professora
Antonia Brandão, especialista em Letramento e Alfabetização, além de despertar
para o mundo ao seu redor, a leitura é vital para desenvolver capacidades,
ampliar vocabulário e aprimorar a criatividade das crianças. “A
criança que lê, aprende com mais facilidade qualquer coisa. A leitura melhora a
forma de comunicação, tornando-a mais clara e de fácil entendimento, consequentemente
facilitando o desenvolvimento intelectual e social da criança”, afirma a
educadora.
A pesquisa ainda aponta que 11ª é a posição que a leitura de livros ocupa na lista do que as pessoas gostam de fazer no tempo livre. Televisão, internet, música, redes sociais como o Whatsapp, são algumas das atividades que vem antes da leitura do livro. Nesse contexto, é preciso pensar como a escola e a família podem colaborar e possibilitar um ambiente propício para os leitores em formação. “O livro didático e os de literatura são recursos muito utilizados por mim. Uso mais os livros de literatura de forma individual e ou coletiva mostrando para as crianças a importância que o livro pode ter na vida de todos. A literatura transporta o aluno para além da sala de aula, estimula a imaginação, melhora o conhecimento de “mundo” e, como já disse, melhora o vocabulário, ajuda a compreender o que acontece a sua volta”.
Para o professor José Gomes, especializado em
Tecnologia Educacional e docente há mais de 20 anos, a importância da escola em países
como o Brasil é maior do que nos países do chamado primeiro mundo, onde as
pessoas naturalmente leem mais. “Nós não somos uma sociedade leitora, por isso,
não podemos esperar que o exemplo venha da família. A escola tem o papel de
entrar na vida do estudante para transformar esse cenário. É preciso criar um
ambiente propício para a leitura. Nós temos que dar o exemplo e despertar a
curiosidade dos jovens”, argumenta.
*Antonia Brandão é professora
da rede municipal em Lauro de Freitas, licenciada em História pela UNEB (Universidade
do Estado da Bahia) e especializada em Alfabetização e Letramento pela
Universidade São Luis.
*José Gome é professor do
Ensino Médio de Língua Portuguesa, Redação e Língua Inglesa, especializado em
Mídias na Educação e em Tecnologia Educacional pela UESB (Universidade Estadual
do Sudoeste da Bahia).
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